terça-feira, 24 de maio de 2011

McCartney ganha medalha de Nossa Senhora


24/05/11, 08:54

Em show sem tumulto, McCartney ganha medalha de Nossa Senhora

Foram 2 horas e 40 minutos de êxtase para os 45 mil fãs que lotaram o estádio do Engenhão.

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Terminou à 0h10 desta terça (24) o segundo e último show do ex-Beatle Paul McCartney no Rio. Foram 2 horas e 40 minutos de êxtase para os 45 mil fãs que lotaram o estádio do Engenhão, na zona norte da cidade.

"É o melhor show da minha vida", garantia a estudante Carla Souza, 21, enquanto McCartney interpretava "Hey Jude", música que encerraria o show, não fossem as outras seis que compuseram o bis concedido pelo cantor. Ao todo ele interpretou 33 canções, mesmo número do primeiro show, no domingo. Ocorreram poucas mudanças --uma delas na abertura, quando "Hello Goodbye" deu lugar a "Magical Mystery Tour".
Rafael Andrade/Folhapress
O músico britânico Paul Mccartney durante o segundo show de sua turnê "Up and Comming" no Engenhao, no Rio

Se o show será inesquecível para todos os fãs, muito mais para a estudante Mariana Serman, 19, e outras três jovens recebidas no palco pelo ídolo. Ela já havia sido chamada ao palco por Paul durante um show dele em São Paulo, no ano passado, mas estava distante e não conseguiu subir. Nesta segunda-feira, levou um cartaz semelhante ao que havia exibido no show anterior e se postou na segunda fileira.

Paul reconheceu a menina e desta vez ela subiu no palco com um grupo de amigas. "Entreguei uma medalhinha de Nossa Senhora para ele", contou a estudante.

Outra que se emocionou com o show foi Andréia Félix da Silva, 40. Auxiliar de serviços gerais, ela 
mora em Jacarepaguá e nunca imaginou que um dia poderia ver um ex-Beatle tão perto. No show desta segunda, foi ao Engenhão a trabalho, para recolher latinhas de alumínio destinadas à reciclagem. Ao final do show, não continha as lágrimas. "Jamais pensei que pudesse estar aqui", disse, após admitir ter esquecido o nome de sua música preferida dos Beatles.

Ao longo do show, Paul usou frases e expressões em língua portuguesa e chegou a empunhar uma bandeira do Brasil.

Enquanto cantava "Hey Jude", não faltou gente com cartazes que, juntos, formavam a expressão "Na na na na", menção a um trecho da música. No primeiro show, um grupo de fãs do cantor exibiu esses cartazes, numa iniciativa programada por meio de redes sociais como o Twitter.

Até as 3h30 de hoje a organização do show não havia divulgado o número de atendimentos médicos realizados no estádio. Não havia registro de casos graves.

TRÂNSITO

Apesar de ser realizado em um dia útil, o que poderia complicar o trânsito no entorno do Engenhão, o show não causou grandes congestionamentos na chegada. Na saída houve mais dificuldade.

O transporte coletivo atendeu adequadamente os usuários. Trens novos foram disponibilizados pela SuperVia exclusivamente para transportar o público entre as estações do Engenho Novo, em frente ao estádio, e Central do Brasil, no centro do Rio. Dentro das composições, ambulantes tentavam de tudo para aumentar as vendas. "Esse chocolate é o preferido do Paul, hein?", anunciava um vendedor.

Tanto na Central do Brasil como na saída da estação que dá acesso ao Engenhão, dezenas de envolvidos na organização do show ofereciam orientação para que ninguém errasse o caminho. "Nunca vi tanta gente preocupada em me ajudar", comentou o advogado Hélio Ferraz, 26, enquanto seguia para o estádio.

Fonte: Folha Online

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